domingo, 1 de agosto de 2010

Ah,este inverno de Copacabana...



Este sol forte batendo na janela neste domingo, trouxe saudades do tempo em que esta era minha única preocupação: Tá dando praia?
Não havia qualquer dúvida, levantar, pôr o biquini, tomar um gole de café e...fui!
O sol era certeza de encontrar gente na praia, de mergulho no mar gelado, do bronze garantido, do papo descontraído, de marcar qualquer coisa pra depois da praia, um cineminha, uma festinha.
Eram tempos sem celulares, Orkuts, MSNs.
Se você quisesse saber as novidades, tinha que estar na praia.
O carioca não vai na casa de ninguém e não quer ninguém na casa dele. A gente se encontra na praia, nos bares, na rua.
Não sei se hoje é assim. Mas naqueles tempos, não havia outra opção...
Ficar em casa em dia de sol? Nem doente!
Se fosse pra praia melhorava!
Mate, cachorro quente da carrocinha do Geneal,Rayto de Sol, noskote, cadeira de praia, óleo johnson, pente, viseira,a caixinha da lente, todos os pertences na bolsa de praia, por cima do biquini um camisetão, ou a canga enrolada.
Os dias iam passando, sem muita diferença.
A rede de volei, a barraca enorme armada, garantindo sombra e ponto de encontro.
Todos se conheciam só pelo apelido,ou pelo primeiro nome no máximo.
Moravam aonde? Por ali.
E assim foram-se anos, muitos anos.
Como não havia estações definidas, só um eterno verão, não sentíamos o tempo passar.
Mas o tempo passou.
Não me lembro bem quando deixei de ir à praia com tanta frequencia, teve a faculdade,o estágio, o verão em que achei mais importante subir os morros da cidade à serviço da Light, estudar Karl Marx, preparar trabalhos, viajar como representante de turma, ir à passeata pelas Diretas Já!
Nunca mais a praia foi a mesma. Nem eu!

Um comentário:

  1. Simone Bethencourt Neto3 de agosto de 2010 às 17:12

    Inverno de Copacabana. Sensacao de que foi em outra encarnacao. Ha seis anos nao vou ao Rio de Janeiro. Quero sentir o cheiro do mar e sinto o cheiro da saudade...

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