Divagações...

Gosto de escrever, sempre escrevi, aprendi aos 5 e nunca mais parei.
Podem ser folhas,cadernos, guardanapos ou paredes.
As letras me fascinam.
Colocadas juntas dizem, mexem, emocionam, fazem mudanças internas profundas, fazem confusão, provocam...

Divagando sobre a felicidade.

Sempre busquei ser feliz, ser e não estar.
Estar feliz é mais fácil.
Se está feliz quando se reune amigos num bar, se é feliz quando não se precisa nem dos amigos, nem do papo, nem do bar...
Se está feliz quando temos família, música, risos, crianças brincando, pessoas a sua volta; se é feliz quando o silêncio é o único companheiro que precisamos...
Se está feliz quando estamos bem de saúde, longe de remédios e hospitais, longe das dores e tumores, quando podemos caminhar pelo mundo e enxergar as belezas da natureza; se é feliz quando comprendemos que as dores que sentimos não atingem nosso espírito e que ele pode viajar mesmo quando preso aos leitos dos hospitais,as celas das prisões, as mazelas do corpo...
Se está feliz quando cercados de faustos, riquezas, acepipes, quando os bens materiais abundam a nossa volta e os melhores perfumes são sentidos, as vestes mais lindas são trajadas e os palácios mais nobres são nossa morada; se é feliz quando nada nos faz falta, de nada temos necessidade, nada nos enche os olhos, tudo parece supérfluo, tudo se mostra como vidro colorido que atrai os olhos menos esclarecidos.

Divagando sobre o amor.

Não acredito no amor. Explico. Acredito no Amor, aquele à Deus, à humanidade, aos pais e filhos, com um A maiúsculo.
Entre homem e mulher, posso estar enganada, mas o que existe não é amor, acredito que são outros sentimentos, desejos e necessidades disfarçados.
Sentimos tesão, queremos formar uma família, queremos ter filhos, queremos alguém pra dividir as contas, os medos, a solidão.
Posso estar enganada, repito. Gostaria muito de estar enganada, mas o amor romantico só fica bem nas paginas de livros, nas telas do cinema,nos folhetins baratos.
O que vem depois de foram felizes para sempre?
Quanto dura este para sempre?
Fui casada por 8 anos. No inicio do namoro é claro que eu acreditava que tinha achado o amor da minha vida, tinha 20 e poucos anos e queria amar e ser amada. A paixão, sim este é o verdadeiro nome, durou uns meses, depois o projeto de morar junto, brincar de casinha, viajar, conhecer o mundo, ter filhos, depois disputar com a sogra no joguinho "quem ele ama mais", ou melhor quem consegue controla-lo melhor. Algum tempo de terapia, alguma lucidez reflexiva, a frustação de entregar os pontos e o alívio do divórcio.
Delícia. Rio de Janeiro, morar só pela primeira vez, trinta aninhos, alguma experiencia, independencia e muitos namoros, muita tesão, muita brincadeira, mas nenhum amor.
Quando fiz 35 anos, bateu o sininho alertando que a hora de procriar estava acabando, e então o projeto filho entrou em ação, claro que na época eu não tinha essa clareza toda.
Achei o pai perfeito, saudável, amigo, e principalmente, morando a mais de 300km de distancia, sim eu queria só o filho. Pronto.
Nasceu então o grande amor da minha vida, por aquele pequenino eu mataria ou morreria. Este o amor de homem e mulher que eu acredito: Mãe e filho!

Divagando sobre a vida.

A amiga Erena escreveu uma frase em seu Orkut:"Para que levar a vida tão a sério se ela é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos VIVOS?"
Vontade de escrever para ela, mas não vou.
Pra passar a vontade divago por aqui.
Saimos sim, vivos da vida. Mais vivos do que nunca.Mais conscientes de tudo que fizemos e principalmente do que deixamos de fazer.
A vida não é uma aventura e sim uma oportunidade que temos de evoluir nosso espírito e caminhar em direção a perfeição dele.
Sim, temos muitas oportunidades, mas não devemos desperdiçar nenhum diazinho encarnados,então, levemos sim, a vida a sério.
Sério, não é sisudamente nem pesadamente.
Sério é compreender que temos responsabilidades para com nossa evolução, com a evolução do próximo e também com a do Planeta em que vivemos, e que está tudo integrado.