sábado, 2 de outubro de 2010

HOJE É DIA DE CASÓRIO!




Estes dois bonitinhos são Andreia e Raphael, e estarão casando logo mais, torço para que sejam super felizes!



Acho bonita a tradição e a crença da eterna felicidade no amor, os ritos sociais de passagem hoje me parecem mais importantes do que um dia achei.
Nunca quis casar na igreja, de véu e grinalda, de papel passado e tudo mais.
Acho que na verdade nunca acreditei seriamente no amor eterno.
Continuo não acreditando...
Sim, existe paixão e também resgates que precisam acontecer.
Precisamos também formar famílias, ter filhos, acreditar no futuro.
Compartilhar a vida com outra pessoa, sentir confiança, aconchego, carinho, proteção.
Dividir passagens importantes, saber que estava lá. presente, quando fatos marcantes aconteceram. Isto vai criando laços, bem apertados, às vezes indesatáveis.
O que queremos aos vinte, continuará sendo o mesmo aos trinta ou quarenta?
Ao crescermos, amadurecermos, o outro também nos acompanhará no mesmo ritmo?
Um dia, olhei para o lado, e não reconheci o homem que estava ali deitado ao meu lado.
Nem me reconhecia mais também.
Tudo o que eu queria era sair dali, ter outra perspectiva de vida.
Aqueles problemas não eram meus, e eu tinha todo o direito de deixar aquilo tudo pra trás e tentar ser feliz de outro jeito.
São as escolhas, as encruzilhadas da vida, o livre-arbítrio.
Consegui.
Tirei uma carga enorme das costas e "literalmente" voei de volta, leve, pro meu mundinho.
Não sentia culpas, nem arrependimento.
Na verdade só sentia alívio e felicidade pela força e pela coragem que eu soube naquela hora que eu tinha.
Foi assim também quando resolvi ter o Breno, anos depois.
Os grandes momentos de decisão te dão a idéia exata da sua força, e você se sente um gigante, lutando por aquilo que realmente quer.
Vim falar de casamento.
E acabei falando de encontro com nós mesmos, e acredito que é assim, só quando nos sabemos inteiros podemos dividir com outro.
Felicidade é uma conquista. Podemos partilhar mas não podemos ser depositários da felicidade alheia, nem tentarmos achar no outro a nossa.

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