terça-feira, 8 de março de 2011

Momento de poesia...


Que saudades daquele silêncio imenso que você fazia,
quando lia, ao meu lado.
Podia sentir o som da respiração e saber o quão bom ou não,
estava o livro. Mesmo calado.
A presença era aconchegante e eu olhava extasiada os livros arrumados na estante, e me distraía daquilo que eu lia, já nada sabia.
Éramos dois e o cão deitado aos pés.
Éramos dois e uma multidão de personagens.
Os sonhos e realidades se misturavam sem nexo na arrumação dos seus livros de História e das estórias que se amontoavam nos romances meus.
Tarô e antropologia, astrologia e mapas antigos, fotografias e artes, arquitetura e psicologia, que variedade...
Quando lá fora fazia frio e chovia, então...era muito melhor.
Enrolados sob a mesma manta quadriculada, com uma xícara de chá ou chocolate.
Cheirinho de mato molhado,
que saudades quando lia ao seu lado.
Foi o que ficou de bom do que já passou. Da história minha que ficou pra trás sem arrependimentos.
Mas que qundo lá fora chove, e o silêncio se faz
a lembrança de volta traz.

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